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O MOOW yoga é uma prática bodymind que nos facilita a experienciar o estado de flow através de uma prazerosa investigação das possibilidades de movimentos do nosso corpo no tempo-espaço.

 

O que te move? O que faz seus olhos brilharem? Todos nós já vivenciamos esse estado de fluxo como quando estamos imersos e concentrados numa atividade e não sentimos o tempo passar... Em momentos como esses, experimentamos a um só tempo calma, plenitude e o máximo da nossa potência.

 

O move flow abre os caminhos do fluir e da expansão da consciência em nossas vidas a partir do resgate da movimentação autêntica individual dentro dos padrões naturais (biomecânicos) da nossa espécie. É um caminho de reinvenção de Si através da reeducação do movimento e que naturalmente envolve soltura das couraças e a desconstrução dos caminhos viciados.

 

Trata-se de uma opção complementar ao yoga de tapetinho - focado menos em posturas estáticas e mais na transição e continuidade dos movimentos.

 

A prática desenvolve força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora e alongamento, mas esses benefício físicos são meros efeitos colaterais positivos, já que os benefícios mais profundos acontecem internamente: Autoconhecimento, reconhecimento e superação gradual dos medos, traumas e bloqueios, integração das sombras culminando no despertar e emancipação da consciência.

 

Asanas como qualidade de presença e não como postura:

Os ásanas aqui são vistos como estados de consciência do corpomente em eterno movimento.

Em geral, o que chamamos de postura, é o começo e/ou ápice de uma trajetória do nosso corpo se movendo pelo espaço (considerando que toda conclusão de um percurso, é também um início de um novo, assim continuamente). 

Mesmo nas pausas, internamente há movimento, pulsão. Para quem olha de fora, pode parecer estático, mas a experiência interna (somática) é de um fluxo contínuo de micro-movimentos que o próprio organismo faz naturalmente para se estabilizar. E tem diferentes qualidades de ásanas. Alguns são revigorantes, outros desafiantes; Outros ainda contém um misto de ambos - descanso e desafio.

Por isso a permanência tem diferentes significados e propósitos. Quando se está cansado e/ou ofegante, pode se buscar uma “postura” como repouso (desaceleração dos sinais vitais) e restabelecimento da serenidade; Quando se está pensativo ou distraído, pode-se buscar posturas (ou estados ou movimentos) desafiantes, para recuperar ou redirecionar o foco. 

Uma outra abordagem que tenho cultivado também é de pensar novas motivações  para se permanecer numa postura (ou “frame” de um movimento)... Um exemplo ilustrativo: Quando se identifica uma dificuldade do próprio corpomente num determinado ‘trecho’ de um percurso, pois ali temos algo a apreender ou confrontar - como aumento de tônus/força muscular, de alongamento/flexibilidade, ou até mesmo a necessidade de curar algum trauma inconsciente. Nesta perspectiva, é como se levássemos luz (consciência) a uma parte esquecida (escura) de nós mesmos.

Princípios:

 

“Quanto aos métodos, deve existir um milhão e até mais, mas os princípios são poucos. O homem que compreende os princípios pode, com sucesso, escolher seus próprios métodos.” 

 

Ralph Waldo Emerson

 

  • A coluna é essencial, os membros são secundários;

  • Fortalecemos primeiro o centro (*core) depois as extremidades;

  • Estruturamos o corpo sempre de baixo pra cima (a partir dos pontos de apoio);

  • Treinamos movimentos e transições - não posturas estáticas;

  • Tensegridade - Identificamos o elo fraco de cada corrente (biomecânica) para fortalecê-lo;

  • Durante toda a prática cultiva-se qualidade da presença e um estado de atenção plena.

 

Trabalhamos alinhamento vertical dos ossos (membros e coluna) a fim de estruturar o equilíbrio e usar menos força muscular. Trabalhamos os mesmos ossos na horizontal para treinar e aprimorar pousos e rolamentos e depois combinamos os dois padrões em exploração de livre movimentação. Estrutura e fluidez não são excludentes, mas complementares com potencial sinergia.

Cada prática é:

  • Individual e progressiva;

  • Inovadora e consistente;

  • Customizável para indivíduos ou grupos de interesses específicos.

 

A prática começa em ritmo lento e constante, se desenvolve progressivamente dando aos praticantes liberdade e segurança para se movimentar de forma autêntica e genuína.  Noções de alinhamento, anatomia e biomecânica nos protegem e previnem lesões e nos convidam a aprofundar nossa atenção naquilo que se está fazendo. Há um contraponto entre esforço e leveza que conduz e sustenta um estado de flow.

 

Explora-se todos os possíveis movimentos da nossa coluna vertebral e de cada articulação dos membros. Observa-se a interação com a força de atração da Terra e suas implicações sobre nosso centro de gravidade, criando um senso de direção para onde projetamos nosso centro e nossas extremidades a cada instante.

Somos continuamente estimulados a trocar a tensão (desnecessária) pelo tônus consciente, usando o mínimo de esforço e o máximo de eficiência para realizar cada movimento - usando alavancas, contrapesos e sempre que possível “surfando” o momentum.

 

Tomamos consciência dos caminhos 'viciados' do corpo e assim, somos convidados a sair do piloto automático e criar novas rotas…  Ampliando desta forma o repertório de possibilidades a cada prática e fertilizando um campo que permita emergir o desconhecido. Neste processo, nos deparamos com limitações físicas e psíquicas e, sem nos violentar, trabalhamos com paciência e persistência para superá-las, tornando possível o que antes parecia impossível. 

 

Convidamos cada praticante a aprofundar sua atenção naquilo que se está fazendo, buscando o mínimo de esforço eficaz para cada movimento e o máximo de leveza e graça em cada execução. 

Qualquer estado de ânimo é bem vindo na prática, pois não existe uma forma “certa” de se movimentar. Se o praticante estiver com preguiça, sua movimentação será preguiçosa; Se estiver transbordando vitalidade, será mais intensa ou acrobática e assim por diante. O movimento genuíno e a espontaneidade são sempre protegidos e acolhidos!

 

O facilitador semeia e ensina a plantar - cabe a cada praticante escolher o que, onde e o quanto quer cultivar - para ao longo do processo ir colhendo os frutos, que (dentre outros) são: fluidez, liberdade, plenitude e graça.

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* Momentum: Impulso (quantidade de movimento) ou energia cinética de um corpo num vetor especifico

Informações práticas: Não usaremos tapetinhos e portanto sugiro o uso de joelheiras e calça pois iremos nos mover em contato direto com o chão. Evite tecidos sintéticos; Priorize tecidos naturais tais como algodão, bambu, cânhamo, etc

Gosto de conduzir praticas vigorosas e desafiantes, porém com a proposta de serem executadas com o mínimo esforço eficaz e com máxima qualidade de presença. O corpo é convidado a trocar a tensão, pela consciência;

E o aluno é estimulado a meditar durante toda a pratica e não apenas no final.

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